Você já parou para perceber o quanto as crianças são generosas umas com as outras? Mesmo que elas tenham pequenas brigas de vez em quando, observe-as bricando: elas ajudam umas às outras, trocam os brinquedos e fazem atividades em duplas, trios e até mesmo em times. Entre irmãos, essa troca é ainda maior, principalmente quando um deles chora ou se machuca, e o outro faz de tudo para ajudar. É claro que também existem crianças de personalidade mais forte, que se recusam a dividir alguns brinquedos ou preferem brincar sozinhas, mas, no final, grande parte delas acaba cedendo.
E é justamente neste período que precisamos reforçar aos nossos pequenos o valor da caridade. Nos Estados Unidos, há uma organização chamada Kids Care Club, que orienta crianças interessadas em se envolver em serviços comunitários. Deborah Spaide, que trabalha na organização, declarou que ensiná-las a serem generosas é o mesmo que ensinar um bebê a caminhar: “Assim como damos aos bebes a oportunidade de usar as perninhas para aprender a caminhar, precisamos dar as mesmas oportunidades para exercitar seus músculos caridosos, para quem também possam ser bons no ato de doar”.
Por isso, veja abaixo quatro ótimas dicas para ensinar o seu filho, neto, sobrinho ou qualquer criança pequena sobre a generosidade e a caridade, e o quão importante é ajudar os outros.
Para grande parte dos adultos, caridade está sempre relacionado a doação de dinheiro: doamos um valor para organizações e casas com as quais nos importamos, e para pessoas que precisam de ajuda. No entanto, as crianças têm certa dificuldade em entender essa conexão entre ajudar os outros dando-lhes dinheiro, e, com isso, podem não levar a frente seus ideais de caridade.
Por isso, é importante deixar as crianças participarem de atividades nas quais elas tenham a oportunidade de colocar a mão na massa. Por exemplo: deixe-a participar do preparo de uma sopa, diga a ela para ajudar o vizinho a retirar as compras do carro e levar para casa e varrer o quintal e a calçada de alguma pessoa da sua rua, para ajudar. Isso vai despertar interesse na criança, como se ela estivesse conduzindo a atividade por si só, sentindo-se útil. No entanto, caso a criança sinta-se desinteressada, não há problema algum que o adulto responsável o faça, mas deve sempre mostrar a ela o quanto é importante realizar essas pequenas atividades e encorajá-las, aos poucos, a fazer o mesmo.
Feito isso, é hora do seu momento, de “se gabar”. Na verdade, não se trata de dizer “como eu sou bom”. Mostre às crianças que você também ajuda e tem seus atos de caridade. Por exemplo, se estiver ajudando um amigo ou parente passando por um momento difícil, conte isso aos pequenos, reforçando a ideia de que fazer isso é importante, pois, além da caridade, ainda reforça laços de amizade. Elas poderão te ver como exemplo e modelo de generosidade. É também crucial enfatizar os aspectos positivos e os resultados, ao invés de apenas dizer o quanto o mundo precisa de ajuda. Por isso, caso faça algo para proteger o meio ambiente, ajudar pessoas doentes ou muito pobres, diga às crianças o que você faz por elas e o quanto isso te fazer sentir bem.
Doar-se tem um efeito indiscutivelmente positivo em todos nós, inclusive nas crianças. Nosso trabalho como adultos responsáveis por elas – pais, avôs, tios etc. – é fomentar esse instinto de caridade, e que aos poucos isso faça parte da vida de todos.
Dar aos outros tem um efeito indiscutivelmente positivo sobre todos nós, incluindo os nossos filhos. O nosso trabalho como pais é promover esse instinto de caridade para que se torne uma segunda natureza, e alguns desses indicadores pode ajudá-lo a fazer exatamente isso. O ponto de partida de tudo isso é que as crianças comecem a fazer pequenas, mas significativas mudanças aos poucos no mundo, tornando-o um lugar melhor para todos!