Vamos pegar o exemplo de aprender a tocar um instrumento, como violão. Esse processo começa primeiro pelos acordes mais fáceis, assim como a forma de dedilhar o instrumento corretamente e colocar os acordes juntos. Quando mais acordes a pessoa aprende, o processo gradualmente evolui, até aprender a tocar o instrumento por completo. Este conceito é aplicável à aprendizagem mecânica e baseada em fatos.
2. O processo de multitarefas não funciona para armazenar novas informações
Embora muitos acreditam que é justamente o contrário, a multitarefa é realmente um mito. O cérebro humano é simplesmente incapaz de prestar atenção igualmente a duas tarefas simultâneas. Usando o raciocínio acima, a melhor maneira sobre a aprendizagem de mais tarefas é distribui-las em etapas individuais. Além disso, também é absolutamente crucial dedicar a sua energia e atenção em cada passo. Saiba que, quando você se distrai, pode levar cerca de 25 minutos para recuperar o seu foco na tarefa na qual estava executando ou tentando aprender.
O melhor é fazer as coisas passo a passo, ao invés de uma multitarefa. Se você tentar aprender algo novo, tudo de uma vez, é provável que você terá uma compreensão parcial das várias habilidades ou conceitos diferentes que precisa aprender, sem dominar 100 por cento cada uma.
Um estudo de 2014 descobriu que estudantes que reservaram um tempo para escrever o que estavam estudando ou aprendendo conseguiram se lembrar com mais facilidade, quando comparado a pessoas que digitaram os dados no computador. Além disso, eles também eram melhores em resolver problemas mais complexos e sintetizar informações.
Os pesquisadores enfatizaram que o simples ato de tocar fisicamente a caneta no papel cria um vínculo cognitivo muito mais forte para o material que está sendo escrito, muito mais do que digitar, pois o ato de digitar é muito rápido, e não há tempo para retenção de ideias e informações. Por isso, o ato de escrever reforça as ideias diretamente, o que leva a melhora no aprendizado.
4. Erros devem ser comemorados.
Fundamentalmente, o processo de aprendizagem está interessado em fazer tentativas, falhar sobre elas e, em seguida, encontrar uma lição ou solução sobre o que causou a falha e como evitá-la em uma nova tentativa no futuro. A ciência cognitiva mostrou que o cérebro realmente reserva um espaço para os erros que cometemos. Ele faz isso para que possamos voltar às memórias, para fazer melhor em nossa próxima tentativa.
É muito importante que as crianças encarem o ensino e o aprendizado como uma grande exploração de coisas novas. Isso vai ajudar a incutir um senso de determinação, que irá ajudá-los quando o processo de aprendizagem ficar mais difícil. Por outro lado, se o processo de aprendizagem é conduzido com muito reforço negativo, as crianças podem acabar tendo ansiedade e excesso de dúvidas, sentindo-se perdidas, e isso é a antítese da aprendizagem positiva.
6. Crie temas e tópicos para tornar a aprendizagem tão emocionante quanto possível
Isso é importante para o ensino de fatos mais difíceis e estranhos de aprender. Se é possível colocar um pouco de senso de humor no assunto no qual está sendo ensinado, então as chances de aprender e memorizar são muito maiores.
Um exemplo disso é quando um ex-campeão de memória americano chamado Joshua Foer, autor de livros sobre o assunto, memorizou um baralho completo de cartas em menos de dois minutos, associando cada cartão com uma imagem estranha. O mesmo pode ser feito com as crianças para aprendizados como a tabuada.
Treinar o cérebro para processar palavras de forma mais rápida é ótimo para acostumá-los a ler frases inteiras, ao invés de imaginar cada palavra individualmente, o que torna tudo mais lento. A premissa desta ideia é simples – uma leitura mais rápida permite uma aprendizagem mais rápida. A melhor maneira de conseguir isso é pegar o ritmo da leitura de forma gradual, aumentando aos poucos.
8. A prática leva à perfeição
Estudos científicos têm demonstrado que uma forte ética de trabalho, pode ter um impacto muito positivo sobre o seu cérebro. Um exemplo disso, foi um estudo de 2004 que demonstrou que o ato de malabarismo produziu mais massa cinzenta no cérebro, e quando as pessoas desse estudo deixaram de fazer esses malabarismos, a massa cinzenta desapareceu.
Na neurociência, este processo é conhecido como poda sináptica, e refere-se a novas vias que são formadas no cérebro, como resultado de fazer um ato repetidas vezes. Em algum momento, as conexões neurológicas recém-desenvolvidas tornam-se um elemento permanente no cérebro de um indivíduo.
Às vezes, as crianças têm problemas em uma nova área de aprendizagem e estudos. Por isso, é sempre uma boa ideia ajudá-los associando o assunto com outro no qual eles já estão familiarizados. Esta é uma prática conhecida como aprendizagem associativa.
Um exemplo disto é um estudante que gosta de futebol. Embora ele pode achar que seja difícil compreender os conceitos relacionados ao cálculo diferencial, ele pode ser capaz de compreendê-los mais facilmente se as semelhanças entre um passe de futebol espiral e a inclinação de uma curva, forem descritos dessa forma, de acordo com os cálculos. O estudante, dessa forma, consegue visualizar o conceito sendo aplicado e, assim, consegue absorver com mais facilidade.
Fonte: Sience Alert