Em 1698, Pedro, o Grande, da Rússia, criou o imposto sobre a barba na tentativa de ocidentalizar a sociedade russa. Os historiadores acreditam que o imperador considerava as barbas uma escolha de moda ultrapassada e, portanto, impôs esse imposto sobre seus súditos.
Cidadãos ricos que queriam manter seus pelos faciais tinham que pagar 100 rublos, enquanto os mais pobres podiam usar a barba por dois copeques por ano. Aqueles que pagaram o imposto receberam uma ficha de cobre para carregar como prova de pagamento. De um lado da ficha estava a imagem de meio rosto com barba e as palavras: “A barba é um fardo supérfluo”.
Homens barbudos que não pagavam o imposto eram frequentemente raspados à força pelos aplicadores da lei. As barbas logo se tornaram um símbolo de estatura e riqueza, devido ao imposto associado ao seu cultivo. O imposto terminou em 1772.
2. Urina – Roma Antiga
Esse imposto absurdo foi introduzido na Roma Antiga, pois a urina era considerada um bem precioso na época. A urina humana rica em amônia era utilizada para diversos fins: curtimento, lavagem, produção de lã, limpeza e branqueamento de togas de lã (vestimenta distintiva da Roma antiga) e até clareamento dos dentes. Logo, os tipos empreendedores começaram a coletar urina na esperança de lucrar com isso. Ao perceberem o que se passava, os imperadores Nero e Vespasiano aplicaram um imposto sobre aqueles que adquiriam urina de mictórios públicos. Esse imposto deu origem à frase latina Pecunia non olet (“dinheiro não tem cheiro”).
3. Sabonete – Inglaterra
O sabonete era considerado um item de luxo na Inglaterra em 1700. O imposto foi introduzido no país em 1712 e continuou por 141 anos! Aos fabricantes de sabonetes eram cobrada uma taxa alta sobre os sabonetes que fabricavam. Muitos deles não podiam pagar o imposto pesado e se mudaram para o exterior para evitá-lo. O processo de fabricação de sabonetes era supervisionado de perto por cobradores de impostos que asseguravam que os equipamentos dos fabricantes fossem mantidos trancados à chave durante a noite para que nenhuma produção ilegal ocorresse depois do expediente.
O imposto também acabou por tornar o sabonete um item inacessível para os pobres. As pessoas comuns finalmente puderam comprar sabonete somente depois de 1853, quando o primeiro-ministro William Gladstone finalmente o revogou.
4. Óleo de cozinha – Antigo Egito
Os faraós do antigo Egito impuseram taxas sobre vários bens, e o imposto sobre o óleo de cozinha está, de fato, entre os primeiros impostos registrados na história. Os cobradores de impostos ou escribas iam de porta em porta para verificar se os cidadãos estavam reutilizando óleo de cozinha com alternativas mais baratas. Se algum proprietário fosse considerado culpado, receberia uma advertência severa e seria solicitado a comprar óleo novo. A evasão fiscal no antigo Egito era punida com açoitamento ou morte. Este imposto era retirado das colheitas e propriedades e pago ao Faraó.
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5. Covardia – Inglaterra
Sim, você leu certo. Você pensava que os cavaleiros da Inglaterra medieval tinham um trabalho maneiro, não? No entanto, se um cavaleiro não desejasse ir lutar em outra guerra, ele poderia pagar scutage, popularmente conhecido como 'imposto da covardia'. O imposto, que foi iniciado pelo rei Henrique I em 1100, permitia que os cavaleiros forrem dispensados o serviço militar em campanhas específicas. Mais tarde, o rei João fez uso indevido desse imposto e o exigiu mesmo quando não havia guerras.
No século 13, o scutage evoluiu para um imposto geral sobre as terras dos cavaleiros. Também existia na França e na Alemanha, mas tornou-se redundante no século XIV.
6. Janelas – Inglaterra
O imposto sobre a janela foi instituído pela primeira vez na Inglaterra em 1696 como uma maneira sorrateira de cobrar impostos dos ricos. Naquela época, o governo estava procurando encher seus cofres, então eles colocaram um imposto sobre as janelas! A lógica por trás disso era que as pessoas pobres tinham apenas uma ou duas janelas em suas casas, enquanto os ricos tinham casas luxuosas com dezenas de janelas. Portanto, casas maiores com mais janelas foram penalizadas e casas com mais de 10 janelas tiveram que pagar absurdos 10 xelins. Além disso, as pessoas eram taxadas por diferentes aberturas na parede que nem sequer se qualificavam como janelas.
Para evitar o imposto, muitos proprietários começaram a colocar tijolos em suas janelas. Isso, no entanto, criou problemas, pois a falta de luz natural e ventilação adequada nas residências resultou em vários problemas de saúde.
O imposto acabou por ser abolido em 1851.
7. Ser solteiro – Roma Antiga
Os homens da Roma Antiga que quisessem permanecer solteiros tinham que pagar um preço. Literalmente! Em 9 E.C., o imperador romano Augusto, o primeiro imperador de Roma, impôs a ‘Lex Papia Poppaea’ a homens solteiros de 38 anos ou mais e casais que não tinham filhos. O motivo por trás dessa lei era promover e fortalecer o casamento e impedir comportamentos imorais. Além disso, os solteiros também eram proibidos de participar de jogos públicos.
O imposto provou ser bem sucedido e foi imitado em sociedades em todo o mundo logo depois. O Império Otomano empregou um imposto semelhante no século 15, e a Inglaterra também tributou viúvos e solteiros sem filhos em 1695. Em 1919, um imposto foi imposto aos solteiros na África do Sul para incentivar as famílias brancas a ter filhos. De 1941 a 1990, a União Soviética impôs um imposto sobre o celibato de 6% aos solteiros, solteiras e famílias pequenas. Estranhamente, o estado americano de Missouri tributa homens solteiros com idades entre 21 e 50 $ 1 por ano até hoje!
8. Chapéus – Inglaterra
Este imposto foi introduzido por Pitt, o Jovem, em 1784 para aumentar a receita do governo. A taxa imposta dependia do valor do arnês - para chapéus caros (como cartolas) acima de doze xelins, o imposto era de dois xelins, e para chapéus planos simples com um custo de varejo abaixo de quatro xelins, o imposto era de três pence.
Os chapéus eram obrigados a ter selos de receita colados dentro de seus forros. Multas pesadas eram emitidas para os usuários de chapéus que não pagavam o imposto. Havia até pena de morte para quem falsificasse um selo de receita dentro do forro do chapéu. O imposto sobre chapéus foi abolido em 1811.
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