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Células Cerebrais Continuam se Desenvolvendo Mesmo em Idades Avançadas

O Editor: Bruno Á.
Muitos cientistas afirmam que, uma vez mortas, as células cerebrais desapareceram para sempre. No entanto, novas pesquisas revelaram que os humanos continuam a produzi-las durante a vida adulta, e tais descobertas podem ter um impacto significativo no tratamento de doenças degenerativas, como o Alzheimer. 
 
neurocientistas dizem que células cerebrais continuam crescendo até mesmo na velhice

A doutora Maura Boldrini, da Universidade de Columbia, em Nova York, disse que "a melhor parte é que os neurônios estão lá por toda a vida" e que "parece que os seres humanos são diferentes dos camundongos – neles, a produção de neurônios cai muito rápido com a idade – e isso pode significar que precisamos desses neurônios para nossas complexas habilidades de aprendizado e respostas cognitivo-comportamentais às emoções".

 

Boldrini e seus colegas estudaram o hipocampo de 28 homens e mulheres com idades entre 17 e 79 anos, todos saudáveis, antes de morrer. Usando certas técnicas, eles estudaram o grau de formação de vasos sanguíneos, e o volume e o número de células envolvidas em cada estágio de maturidade, em uma região chamada giro denteado, que é onde os neurônios são formados.

neurocientistas dizem que células cerebrais continuam crescendo até mesmo na velhice

"De acordo com os estudos com camundongos, existem essas células-tronco pluripotentes, um conjunto de células que normalmente não fazem nada, são quiescentes e podem se dividir", disse Boldrini. Ela também acrescentou que "aquelas células-filhas são aquelas que se dividem exponencialmente e fazem muito mais células e se diferenciam para se tornar um neurônio". 

 

Enquanto a equipe notou que muitas das células originais acabaram morrendo, eles também descobriram que havia muitos novos neurônios se formando no momento da morte, independentemente da idade da pessoa. 

No entanto, os pesquisadores notaram que esses neurônios não eram completamente idênticos aos originais. "Mesmo que façamos esses novos neurônios, eles podem ser menos plásticos, ou talvez fazer menos conexões ou migrar menos", disse Boldrini.

neurocientistas dizem que células cerebrais continuam crescendo até mesmo na velhice

Os pesquisadores observaram que essa diminuição na plasticidade cerebral pode explicar por que pessoas tipicamente saudáveis podem acabar se tornando mais vulneráveis emocionalmente à medida que envelhecem. No entanto, eles também observam que as novas células que estão sendo formadas podem ajudar a proteger o cérebro contra o declínio emocional ou cognitivo. 

Segundo Boldrini, agora é importante descobrir o que ocorre no cérebro daqueles com problemas emocionais de quem sofre de Alzheimer. Isso porque, se forem observadas diferenças na formação das células, isso pode acabar oferecendo aos pesquisadores novos alvos para o tratamento. 

O Dr. Niels Haan, da Universidade Cardiff (Reino Unido), ficou muito entusiasmado com as descobertas e disse que "sabemos, a partir do trabalho em animais, que os neurônios adultos são necessários para vários processos de aprendizado e memória, e há algumas evidências sugerindo que a neurogênese é rompida em humanos", e ele acredita que “esta é uma área promissora para possíveis tratamentos”. 

Fonte | Imagens

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