1. Gritar com eles em público
Às vezes, quando em lugares públicos, as crianças se comportam de maneira inadequada ou até perigosa, como correr para a rua. O instinto parental primário é a raiva ou o medo, e como resultado, muitos pais acabam gritando com os filhos a fim de impedir tal comportamento. Apesar desse forte impulso, é importante evitar ofender as crianças na frente das outras porque elas pensarão mais em como as outras pessoas as veem naquela situação do que com o problema em questão.
Segundo Erica Reischer, psicóloga e autora do livro What Good Parents Do (O Que Bons Pais Fazem): "Em vez de repreender seus filhos no local, leve-os a um canto particular onde você possa conversar com eles e contar a situação". Assim, não haverá curiosos por perto, e assim eles podem se concentrar no que você está dizendo.
2. Dar instruções pouco claras
Muitos pais usam poucas palavras quando dão instruções ou usam frases soltas em situações diferentes, deixando as crianças confusas. Se você diz ao seu filho para "se comportar bem", por exemplo, isso significa uma coisa quando se brinca com outras crianças (compartilhar brinquedos e revezar atividades) e outra coisa quando assiste a filmes (por exemplo, sentado quieto). Nesses casos, as crianças nem sempre entendem o que se pede a elas e, portanto, podem não fazer o que você espera delas.
Para que isso não aconteça, é importante dar aos seus filhos instruções claras em diferentes situações, e também dizer a eles o que devem fazer em vez do que não deveriam. Por exemplo, se seu filho jogar o casaco no chão assim que entrarem na casa, dizer "não jogue o casaco no chão" deixa claro o que não fazer, mas a criança pode ficar confusa. Dê-lhes uma alternativa. Portanto, tente dizer "Quando você entrar e tirar o casaco, você tem que pendurá-lo no cabide". Desta forma, você esclarece o que quer que a criança faça e evita frustrações desnecessárias para ambos.
3. Subornar em troca de resultados rápidos
É tarde da noite e você quer descansar depois de um dia de trabalho, mas seu filho se recusa a terminar o jantar... Todo pai conhece essa situação, e eis que surge a tentação de lhes prometer sorvete se terminarem o jantar rapidamente. Isso acontece mesmo quando as crianças começam a fazer birras nas lojas, e muitos pais estão dispostos a fazer qualquer coisa para impedir aquele comportamento embaraçoso, levando a um ciclo de suborno em situações desconfortáveis.
Embora seja tentador fazer isso para obter resultados rápidos, eis que se cria uma situação em que as crianças são realmente recompensadas por um comportamento negativo e não positivo. Portanto, o que eles estão aprendendo é que, se fizerem isso sempre, então conseguirão o que querem e isso pode causar problemas futuros. É importante evitar isso e deixar claro para as crianças que o comportamento inadequado é inaceitável de qualquer forma, e, caso continuem, isso pode levar à punição. Evite dar "propinas" para impedir comportamentos negativos, e, com o tempo, seus filhos aprenderão suas regras de como devem se comportar em diferentes situações.
4. Negligenciar a fome / cansaço
Como adultos, muitas vezes é difícil se concentrar quando estamos cansados ou com fome, mas em vez de entrar em um acesso de raiva, reconhecemos o problema e descansamos ou comemos um lanche rápido que enche um pouco o nosso estômago. Assim como a fome e a fadiga nos afetam, também afetam as crianças, por isso é importante entender a origem de sua frustração nos momentos em que se comportam de maneiras indevidas. Se, por exemplo, seu filho começar a brigar com o irmão, a doutora Reischer recomenda que você confirme o que ele fez de errado (“Eu vi você tirar o brinquedo da mão do seu irmão”) e prometa voltar ao assunto (“Você está com fome, não está? Vamos conversar depois de um lanche”).
Essa abordagem é chamada de "disciplina atrasada", que permite que você converse com seu filho sobre o comportamento dele quando estiver melhor, ou seja, depois de comer ou tirar uma soneca. Assim, quando seus filhos se comportarem negativamente, verifique primeiro se eles estão com fome ou cansados, cuidam de suas necessidades e depois conversam com eles sobre seu comportamento negativo.
5. Conversar por muito tempo
As crianças, especialmente as pequenas, têm uma atenção mais curta do que os adultos, por isso nem sempre estão abertas a conversas muito longas sobre o comportamento delas. Além disso, não levarão as coisas a sério se ouvirem muitas palavras saindo de sua boca e, em vez de esgotá-las, seja conciso e decisivo. Se seu filho estiver incomodando o cachorro de estimação, por exemplo, explique brevemente por que isso é um problema, deixe claro que ele não o fará novamente e pare por aí.
6. Perder
Você tem que admitir a verdade... às vezes as crianças podem ser irritantes, e é natural que os pais sintam que estão 'perdendo o jogo' por causa do comportamento delas. Embora seja difícil manter a calma quando os pequenos extrapolam, lembre-se de que gritar e gritar permitirá que vocês, pais, exponham toda a sua frustração, mas não fará nada pela educação dos pequenos.
Em situações em que os pais gritam com as crianças, há dois resultados possíveis. O primeiro é que a criança se fecha, incapaz de ouvir o que está sendo dito, e o segundo resultado é que ela se irrita e responde com raiva. Para que seus filhos entendam quando estão fazendo algo errado, tente não levantar a voz, mas falar com eles em um tom autoritário, mas calmo. Se você sentir que precisa de alguns minutos para relaxar e não gritar, vá para outro cômodo da casa e faça uma pausa antes de falar com seu filho. Pode não ser uma solução rápida, mas com o tempo você perceberá a diferença.
7. Levando as coisas para o lado pessoal
"Muitos comportamentos ruins são resumidos em uma criança conseguindo o que quer, seja carinho, sorvete ou mais cinco minutos de brincadeira", diz Reischer sobre o comportamento negativo das crianças. Levar as coisas para o lado pessoal também pode fazer com que alguns pais se tornem menos afetivos, o que pode enfraquecer o relacionamento entre pais e filhos. Por isso é importante manter um comportamento amoroso e deixar claro para as crianças que deve haver um respeito mútuo entre ambos.
8. Compará-los com outras crianças
Às vezes, os pais querem mostrar a seus filhos como devem se comportar, e fazem isso comparando-os a outras crianças, como durante as brincadeiras, por exemplo. Dizer às crianças o que você espera delas é bom, mas deve ser feito com respeito e nunca as comparando com os outros.
Quando os pais comparam o comportamento de seus filhos com os de outras crianças, eles podem sentir vergonha, raiva e ressentimento, o que é um resultado que nenhum pai deseja ao filho. Em vez de fazer comparações com outras crianças, explique à criança o que você quer e quando fazem algo positivo e bem-sucedido. O elogio é fundamental para que os pequenos possam desenvolver autoconfiança e não sentir que devem ser alguém que não são.
9. Castigos em excesso
Muitos pais castigam os filhos em um momento de raiva, mas, na maioria das vezes, a punição em tais momentos pode ser exagerada pelo tumulto emocional em torno deles. Quando os pais dão punições excessivas ao se sentirem frustrados e zangados com seus filhos, isso geralmente é injusto e desproporcional. Também é difícil impor esses castigos, portanto, não é recomendado castigar em um momento de conflito ou frustração.
Em vez disso, recomenda-se escrever regras claras nas quais você indica quais serão as consequências no caso de um ou outro comportamento, para que você e seus filhos saibam o que esperar quando fizerem algo errado. Isso permitirá corrigir o comportamento negativo e evitará castigos excessivos em momentos de raiva.
10. Ser inconsistente
Um dos fatores mais importantes na criação de filhos é a consistência, e quando você não a segue, as crianças não sabem o que esperar e, além disso, podem pensar que não haverá consequências negativas. Quando você pune um determinado comportamento negativo e este se repete, use da disciplina de novo e de novo sempre que isso acontecer. Uma disciplina inconsistente confunde as crianças e envia a elas mensagens erradas sobre a autoridade dos pais. Os pais são percebidos como pessoas que não têm autoridade suficiente, portanto é importante atender às expectativas não apenas em situações positivas, mas também nas negativas.