Ao longo dos milênios, muitos animais se tornaram extintos por uma variedade de fatores. Em alguns casos, foi devido a uma drástica mudança nas condições climáticas, enquanto outras vezes foi por causa da ação humana.
A ciência está sempre se aprimorando, especificamente a biotecnologia, e os avanços contínuos poderiam um dia permitir que os cientistas recuperassem alguns desses animais da extinção. E alguns deles já estão na lista.
Geralmente, existe na Terra uma espécie presente que seja geneticamente similar ao animal extinto em questão. Por exemplo, elefantes para mamutes-lanosos ou vacas para auroques. Além disso, há também uma série de critérios a considerar, uma vez que o retorno de animais desses animais traria muitas implicações biológicas e ecológicas.
Os cientistas precisam provar que realmente vale a pena trazer tal espécie de volta, por possuir uma importante função ecológica. Além disso, eles também devem considerar questões práticas, como acesso a amostras de DNA de boa qualidade. No entanto, o mais importante é saber como os animais devem ser reintroduzidos na natureza, se há um habitat suficiente com alimentos e contato limitado com seres humanos.
Abaixo estão 12 espécies que os cientistas estão planejando retirar da extinção.
Durante o seu auge, esses tigres eram ser encontrados na Turquia e na maior parte da Ásia Central, incluindo Iraque, Irã e noroeste da China. No entanto, eles morreram na década de 1960 devido ao desmatamento, à caça e à grande diminuição de presas. O tigre-do-cáspio e o siberiano divergiram de um antepassado comum que colonizou a Ásia Central há cerca de 10 mil anos – alguns permaneceram no Turquestão e se tornaram tigres-do-cáspio, enquanto outros se mudaram para o Extremo Oriente russo e se tornaram o tigre-siberiano. Portanto, por meio do DNA dos siberianos, os cientistas pretendem trazer de volta à vida o antigo tigre-do-cáspio e reintroduzi-los aos seus antigos habitats, onde eles esperam que eventualmente evoluam.
O auroque é um antepassado do gado doméstico de hoje que viveu em toda a Europa, Ásia e África do Norte até sua extinção em 1627. Os cientistas querem recuperá-los da extinção criando seletivamente espécies de gado que transportam alguns DNA de auroque. Para tentar conseguir isso, uma equipe de cientistas europeus tem selecionado alguns gados desde 2009.
Este foi um papagaio pequeno, de penas verdes e face amarela e laranja que era nativo do leste dos Estados Unidos. Infelizmente, foi oficialmente extinto em 1939. No entanto, poderia ser possível recuperá-los à medida que a composição genética ainda pode ser encontrada em espécies de parentes que vivem no México e no Caribe.
O dodô deve ser o mais famoso de todos os animais extintos. Este grande pássaro que não voava só era encontrado nas Ilhas Maurício, no Oceano Índico. Não tinha predadores naturais e prosperou na ilha, até que os marinheiros que chegaram ao lugar perceberam que os dodôs eram uma fonte fácil de comida, pois não temiam pessoas e não podiam voar para longe. Além disso, os animais que os seres humanos trouxeram com eles, como cachorros, gatos, ratos e porcos, saqueavam os ninhos destee pássaro e competiam pela fonte limitada de alimentos.
O último avistamento aceito dessa ave foi por volta de 1662. Em 2007, cientistas encontraram um esqueleto de dodô muito bem preservado, que pode fornecer as amostras de DNA para trazer essas aves de volta da extinção.
O mamute-lanoso desapareceu de seu habitat continental há cerca de 10 mil anos, provavelmente como resultado das mudanças climáticas e da caça por humanos. A última população isolada de mamutes-lanosos foi encontrada na Ilha Wrangel, no Oceano Ártico, há 4 mil anos. Uma série de carcaças do animal foi encontrada congelada e bem conservada, o que permitiu que os cientistas acessassem algum DNA bem preservado.
Os Moas eram nove espécies de grandes pássaros que não voavam e só eram encontrados na Nova Zelândia. As duas maiores espécies, Dinornis robustus e Dinornis novaezelandiae, tinham cerca de 3,6 metros de altura e podiam pesar cerca de 230 quilos. Por outro lado, as espécies mais pequenas de moa foram as anomalopteryx didiformis, com apenas 1,3 metro de altura e cerca de 30 quilos. Graças à caça excessiva, esses pássaros foram extintos em 1445. No entanto, um de seus parentes mais próximos, o tinamiforme sul-americano, pode conter alguns de seus genes.
O íbex-dos-pirenéus era uma espécie de cabra selvagem endêmica da Península Ibérica. Eles foram mais comumente encontrados no sul da França, nas montanhas da região da Cantábria e norte dos Pirineus. Em 2000, a última espécie viva, chamada Celia, foi encontrada morta após ter sido atingida pela queda de uma árvore. O motivo exato da extinção desta espécie é desconhecido, mas alguns apontam para uma incapacidade de competir com outras espécies por alimentos, infecções, doenças e caça furtiva.
Em 2003, o íbex-dos-pirenéus se tornou o primeiro animal a ser retirado da extinção com o nascimento de um clone. No entanto, ele morreu minutos depois devido a fortes defeitos pulmonares.
Também conhecido como tilacino, este tigre era um marsupial carnívoro que poderia ser encontrado na Austrália continental e na Nova Guiné, mas acabou se limitando somente à Tasmânia até sua total extinção na década de 1930. Era um predador de apetite voraz, e assim obteve esses dois nomes comuns aqui mencionados. Os demônios-da-tasmânia são o parente vivo mais próximo, e eles podem simplesmente ser a porta de entrada para que o tilacino volte da extinção.
Também conhecido como alce-gigante, ele não era exclusivamente irlandês, muito menos um alce. Na verdade, foi um cervo gigante e a maior espécie de cervo em terra, com 2,1 metros de altura e chifres de 3,65 metros. Este cervo viveu em toda a Europa, norte da Ásia e norte da África. Os restos mais recentes desta espécie foram datados de cerca de 7.700 anos na Sibéria. O alce-irlandês poderia estar intimamente relacionado com o veado-vermelho ou o veado.
Também conhecida como foca-monge-das-caraíbas, foi uma espécie de foca nativa do Caribe. A última viva confirmada data de 1952, na região entre a Jamaica e a Nicarágua. Após uma busca extensiva que durou cerca de cinco anos a espécie foi oficialmente extinta em 2008. Sua extinção ocorreu devido à caça excessiva, a busca por petróleo e à pesca de suas fontes de alimentos. A foca-monge-do-havaí, que vive ao redor das ilhas havaianas, e a foca-monge-do-mediterrâneo estão intimamente relacionados, com genes semelhantes. No entanto, ambas também estão em forte risco de extinção.
O pombos-passageiros eram endêmicos da América do Norte. Esses pombos migravam em enormes bandos, sempre à procura de alimentos, áreas de reprodução e abrigo. Eles costumavam ser um dos pássaros mais abundantes da América do Norte, com cerca de 3-5 bilhões. Por ter uma carne boa para consumo, foram muito caçados, e a caça se intensificou muito mais a partir do século 19, durando décadas.
Como resultado, em 1901, o último pombo-passageiro selvagem foi caçado e, em 1914, a última espécie viva existente morreu no zoológico de Cincinnati. Estes pombos têm muitos parentes vivos, incluindo os 17 pombos do grupo Patagioenas.