A agência de pesquisa de mercado Mintel publicou recentemente uma pesquisa chamada Tendência Globais em Alimentos e Bebidas Para 2017. Dentre outras informações, o documento mostra que uma alimentação à base de plantas vai crescer consideravelmente este ano.
Esse dado só reforça a porcentagem de indivíduos que cada vez mais estão aderindo à alimentação sem carne. Só nos últimos dez anos, houve um aumento de 360% de pessoas que se tornaram vegetarianas. O mais interessante é que a tecnologia começa a fazer parte desta nova tendência.
A empresa chilena Not Company já está usando Inteligência Artificial (IA) para criar alternativas vegetais a produtos de origem animal, como queijo, leite, maionese e até mesmo ovos. Segundo a própria companhia, o algoritmo da IA “entende as conexões moleculares entre o alimento e a percepção humana de sabor e textura”. Este algoritmo já desencadeou a produção do NotMilk, um leite à base de peras, arroz, amêndoas, nozes, linhaça, coco e baunilha. Mas se o sabor é autêntico, qual o valor nutricional desses alimentos.
Tim Spector, professor de genética molecular da King’s College de Londres e autor do livro A Dieta do Mito, declarou que “é possível replicar as texturas e formatos dos alimentos pela IA, mas não se pode replicar a função deste alimento no corpo. Por exemplo, a lactose do leite contém bactérias que alimentam e protegem a flora intestinal, que não pode ser reposta através da IA”.
Recentemente, a beterraba ganhou notoriedade porque foi descoberto que ela beneficia e protege os músculos por causa do óxido nítrico. Neste ano, o cassis tem recebido notoriedade por ter benefícios similares. Graças à grande quantidade de antioxidantes, como a antocianina, esta fruta muito saborosa pretende ser a nova sensação científica, graças aos efeitos positivos na recuperação de músculos e queima de gordura.
Universidades testaram o extrato do cassis da Nova Zelândia como suplemento, e descobriram que a fruta pode aumentar a queima de gordura durante a prática de exercícios. Também dilata as veias sanguíneas, aumentando em 20% o fluxo sanguíneo, levando mais oxigênio e nutrientes às células.
Adoçantes
Os adoçantes têm má fama, e com razão. Produtos artificiais como sacarina e sucralose são repletos de produtos químicos que causam diversos efeitos colaterais. Por isso, estão sendo feitas pesquisas nas quais podem surgir adoçantes benéficos à saúde, que incluem boas bactérias para o intestino.
A inulina, encontrada em ervilhas, bananas, aspargos e lentilhas, é um exemplo. Tem sido usada de forma concentrada como um adoçante rico em nutrientes. O cientista nutricional Rick Hay, declarou que “a inulina tem apenas 0,1 de índice de doçura, comparado ao açúcar, que tem 1, portanto tem apenas um décimo de doçura. Mas o mais interessante é que estudos científicos mostram que ajuda a reduzir a gordura abdominal”.
A inulina tem uma alta quantidade de amido de alta resistência, que tem efeito sobre a gordura visceral. Um estudo realizado em outubro de 2015 em 44 indivíduos (divididos em dois grupos) mostrou que, após quatro meses e meio, ambos os grupos tiveram perda de 5% de peso corporal na nona semana, mas aqueles que tomaram suplementos à base de inulina perderam mais peso em 18 semanas, enquanto os outros estabilizaram o peso.
O sal pode sair da posição de vilão para um salvador em breve; no entanto, não estamos falando do sal comum, e sim de um novo tipo que contém menos sódio e mais minerais que são beneficiais ao organismo. O excesso de sódio é péssimo para a saúde, pois retém líquido, o que pode aumentar a pressão e até causar infarto.
Um exemplo dos novos tipos de sal é o Oryx, da África do Sul, que tem 35% menos sódio e, como não é processado como o sal comum, tem mais magnésio, zinco e potássio.
Cinco Superalimentos Para Este Ano
1. Maqui berry
Esta pequena fruta chilena é rica em vitamina C e antocianina, que está associada ao antienvelhecimento. Pode ser adquirida de forma concentrada ou extrato em pó.
2. Semente de melancia
Surpreendentemente, as sementes de melancia são ricas em nutrientes essenciais como magnésio, ferro, ácido fólico e gorduras saudáveis. Você pode consumi-las tostadas, com um pouco de sal, como aperitivo ou até mesmo de forma natural, enquanto aprecia a fruta.
O chaga é um cogumelo muito poderoso que é até chamado de ‘o rei dos cogumelos medicinais’, pois aumenta a imunidade com uma grande quantidade de antioxidantes e propriedades bactericidas.
4. Óleos à base de nozes
Manteigas à base de nozes ganharam notoriedade em 2016, mas, este ano, são os óleos que merecem atenção. De amêndoas, castanha de caju ou avelã, todos têm sabor forte e acentuado, por isso são usados em pequenas quantidades. São muito saudáveis e contêm um alto nível de antioxidantes e gorduras saudáveis.
5. Algas
Até então, veganos e vegetarianos tinham apenas a linhaça e suplementos como forma de consumir o ômega 3. No entanto, a linhaça não contém as gorduras EPA e DHA do ômega 3, e que não são produzidas pelo corpo. Por outro lado, as algas têm essas substâncias, o que as torna uma excelente fonte completa de ômega 3 para aqueles que não querem consumir alimentos de origem animal.
Fonte: telegraph.co.uk