1. Comece consigo mesmo: seja feliz!
Extensas pesquisas têm mostrado que pais deprimidos transmitem esses sentimentos pessimistas para seus filhos, e o mesmo vale para todos os adultos que são importantes na vida de uma criança. Se você é um avô feliz, seus netos terão prazer em estar perto de você. Por que? Porque neurocientistas dizem que, se uma pessoa ouvir outra rir, ela aciona os neurônios-espelho em uma parte do nosso cérebro, e isso nos faz sentir bem como aquele indivíduo que ri – e então acabamos rindo também. Então, alegre-se! Fique sempre ao lado de pessoas que fazem você rir, e leve essa alegria para seus netos ou filhos também.
2. Mostre a eles como criar grandes amizades
Pesquisas realizadas em pacientes com esclerose múltipla mostram que se formos encorajados a dar compaixão, apoio e positividade para os outros, vamos melhorar a nossa própria autoconfiança e autoestima. O mesmo vale para as crianças. Por isso, muitas vezes você deve incentivar os jovens a realizar pequenos atos de bondade, a fim de ajudá-los a criar laços de ternura e amizade com os outros.
3. Encoraje, mas nao exija perfeição
Nos dias de hoje, muitos pais podem ser excessivamente insistentes e exigentes com seus filhos, e isso é algo que os avós podem ser capazes de ajudar. Se for este o seu caso, tente dar um bom exemplo ao invés de criticar a abordagem que seus filhos dão aos seus netos (criticar pode ser suscetível a uma situação de ressentimento). Foi verificado que crianças que são elogiadas por sua inteligência usualmente escolhem o mais fácil dos dois quebra-cabeças, pois não estão dispostos a cometer um erro com medo das críticas dos pais.
No entanto, 90% das crianças que são mais incentivadas, escolhem o quebra-cabeça mais difícil, porque eles sabem que o esforço e a conquista serão recompensados. Sempre se certifique de incentivar o esforço, independentemente do resultado, e as crianças vão se tornar mais aventureiras a longo prazo.
4. Seja positivo e otimista
Segundo a Dra. Christine Carter, os otimistas têm melhor desempenho escolar, no trabalho e até mesmo nos esportes. São pessoas mais saudáveis e vivem mais tempo. Eles também têm casamentos mais satisfatórios ao crescerem, e são menos propensos a enfrentar a depressão e ansiedade. Portanto, para ser um bom modelo às crianças, sempre tenha o cuidado de não soar pessimista quando seus netos estão ao redor. Dê uma interpretação positiva sobre tudo, e mostre-lhes o lado positivo da vida.
5. Mostre os três valores importantes: Empatia, Etiqueta e Validação
A melhor maneira de ensinar inteligência emocional, que a Dra. Carter diz que não é inata, é demonstrá-la. Portanto, se a criança está criando uma pequena birra sobre algo, pergunte como ela se sente, e por que se sente dessa forma. Console-a e mostre compreensão. Isso vai demonstrar para a criança como ela pode ter empatia com os outros. Embora, é claro, você ainda deva repreender qualquer comportamento ruim.
6. Crie hábitos felizes
Como essa lista tem algumas dicas diferentes para lembrar, o importante é não fazer muito de uma vez. Esta é a chave para se formar bons hábitos. A Dra. Carter recomenda retirar estímulos que possam distrair as crianças de seu objetivo. Você deve fazer do seu comportamento uma meta pública, e ter um debate aberto com as crianças sobre as expectativas e as pressões que possam sofrer. Apenas estabeleça um objetivo de cada vez e então um hábito positivo pode ser formado. Tenha em mente que esse aprendizado vai levar tempo, mas valerá a pena o esforço no longo prazo.
7. Ensine-as a serem autodisciplinadas
Já que a inteligência não é o indicador mais importante para uma vida de sucesso no futuro (pois envolve muitas outras coisas), a virtude que oferece o melhor sinal de bem-estar é uma boa autodisciplina. Em um experimento, crianças que resistiram a tentações – a tentação de um primeiro marshmellow com a promessa de ter um segundo – atuam melhor na adolescência e vida adulta. Então, uma forma de ensinar autodisciplina é esconder uma recompensa futura. Por exemplo, esconder o marshmellow que a criança sabe que está lá, mas há uma barreira física que a ajuda a criar resistência, que é a oferta do doce após um período estendido de tempo. Isso vai levá-las a ter uma gratificação adiada.
8. Encoraje-as mais e mais
Um dos motivos que deixa as crianças do dia de hoje infelizes é que elas não tiveram tempo para “brincadeiras livres, sem regras ou estruturas”. Esse tipo de atividade ajuda a criança a se regular mais, promovendo “bem-estar físico, intelectual, social e emocional”. Se as crianças tiverem mais tempo livre para brincar do jeito delas, elas aprenderão a “trabalhar em grupo, compartilhar, negociar, resolver conflitos... e falar consigo mesmas”. Então, se elas estiverem com você, deixe que elas se divirtam-se livremente – e você pode acompanhar o caminho de imaginação delas.
9. Crie um ambiente perfeito para a felicidade delas
Uma pesquisa mostrou a correlação (e não causalidade) entre crianças que assistem muita televisão e pessoas que cresceram de acordo para ter vidas felizes. Portanto, se você está com as crianças, o bom é mostrar que ninguém precisa da televisão ou do YouTube para se divertir. Crie um ambiente agradável, feliz e saudável, o máximo que puder, um ambiente no qual elas podem criar fortes associações de felicidade.
10. Façam refeições juntos
Se você mostrar às crianças que a melhor forma de comer (sem a televisão ligada) é com a família, são maiores as chances de tornarem-se pessoas mais estáveis e bem orientadas no quesito coletividade. Muitos adultos acabam se rendendo a hábitos destrutivos, como drogas e álcool. No entanto, estudos mostram que crianças que têm o hábito de jantar em família normalmente não recorrerem a isso. A Dra. Carter diz que “jantares familiares são uma ótima experiência que pode preparar seus filhos para a escola”.
Isso é algo que os avós podem reforçar e encorajar, mesmo que não faça parte dos hábitos da família. É um hábito saudável que deve ser retomado – para as crianças e você também! Então, por que não começar a cozinhar, e até mesmo ensinar os pequenos a fazer o mesmo?
Fonte: time.com