Se você torcer seu tornozelo, suas fibras nervosas enviam um sinal para o cérebro, que reconhece a sensação de dor. Surpreendentemente, quando algo que de outra forma seria doloroso, como uma cirurgia, um exemplo que acontece no próprio cérebro, as fibras nervosas no cérebro podem enviar os mesmos tipos de sinais que são enviados no caso de uma lesão no tornozelo (como no nosso exemplo), mas não há lugar para elas serem processadas. É por isso que os pacientes muitas vezes ficam acordados durante uma cirurgia no cérebro (e sem qualquer dor), porque cirurgiões podem estimular ativamente áreas do órgão para certificarem-se de que o processo está indo como o planejado.
A dor é percebida de maneira diferente por todos nós. Enquanto alguns podem descrevê-la como apenas um pouco de pressão em certos órgãos ou áreas, outros ficam agoniados. Mas por que isso ocorre? Quando se trata de dor, uma infinidade de fatores entram em jogo - incluindo mudanças estruturais e químicas no cérebro, níveis de inflamação no corpo e da crença sobre a dor de experiências anteriores - tudo isso pode afetar a forma como você reagiria.
Por mais estranho que possa parecer, a evidência mostra que a meditação e a terapia cognitivo-comportamental (TCC - que aborda pensamentos e crenças subjacentes) podem ajudar a diminuir a dor. A TCC dá as ferramentas que você precisa para enquadrar a dor de uma forma diferente, a fim de capacitá-lo a mudar seu comportamento. Na verdade, muitas pessoas com dores crônicas acreditam que essa dor pode estar impedindo-os de melhorarem. Por exemplo, enquanto você pode pensar que talvez quebre um osso quando se exercita, na realidade, o que você precisa é de mais atividade, e não o medo da dor de um acontecimento como esse. O exercício lhe ajudará a ficar mais forte e, consequentemente, se isso acontecer, sua resistência a esse sentimento pode ser melhor. Neste caso, uma terapia poderia fornecer-lhe o que precisa para seguir em frente.
O cérebro tem dificuldade em processar mais de uma sensação de cada vez. Então, quando estiver sentindo dor, mantenha seu foco em um estímulo diferente para distrai-lo. É por isso que, instintivamente, você começa a esfregar em uma área que dói, para "sacudir e retirar de dentro" a dor, e naturalmente substituir essa sensação ruim.
De acordo com o Jornal Americano de Associação Dental, um estudo em 2009 descobriu que os ruivos são mais propensos a temer os dentistas. Acredita-se que uma variante genética específica que resulta nos cabelos vermelhos também os torna resistentes a determinados anestésicos, o que consequentemente os deixam mais propensos a experiências dentárias dolorosas. Pesquisadores também acreditam que pode haver algo único sobre a variação do gene que faz as pessoas ruivas metabolizarem as drogas analgésicas de forma diferente das outras.
Embora possa ser a última coisa em sua mente quando você está se sentindo péssimo, estudos mostram que relações íntimas podem aliviar a dor. De fato, em um estudo realizado em 2013, 60% das pessoas que sofriam de enxaqueca afirmaram que, quando tiveram relações nos momentos de dor extrema, sentiram-se um pouco mais aliviados. Uma explicação poderia ser devido às endorfinas que são liberadas do cérebro, que provocam uma sensação de bem-estar, e agem como analgésicos naturais do corpo.
As mulheres tendem a sentir mais dor durante as fases pré-menstruais ou menstruais do seu ciclo. Uma explicação plausível sugere que, quando os níveis de estrogênio são altos, a sensibilidade à dor é baixa, e quando os níveis de estrogênio são baixos, a sensibilidade à dor é alta. As razões pelas quais, no entanto, não são ainda totalmente compreendidas.
Na verdade, as mulheres são mais propensas à dor, ou elas simplesmente podem ser mais propensas a queixarem-se? De qualquer forma, ninguém sabe ao certo, mas os médicos tendem a ver mais mulheres descrevendo situações de dores do que homens, mesmo que a pesquisa não tenha mostrado muita diferença entre os dois gêneros, quando se trata de processamento dessa dor no cérebro, embora é provável que as hormônios desempenham um papel nessa situação. Os papéis do gênero também pode afetar a forma como os homens devem perceber a dor, com alguns que acreditam que não devem demonstrar, falar sobre isso ou procurar cuidados para a acabar com essa sensação desconfortável. A alta taxa de depressão e ansiedade em mulheres também podem ter algo relacionado com a dor.
Esta condição é tão rara que apenas cerca de 20 casos já foram relatados. As pessoas com insensibilidade congênita à dor, que é causada por mutações genéticas específicas, não vai ser capaz de sentir qualquer dor se queimar a mão no fogão - embora eles são capazes de dizer a diferença entre quente e frio. Embora possa ser uma condição que a maioria gostaria de ter, isso pode na verdade ser muito perigoso. A dor serve como um sinal de alerta, dizendo que algo está errado no seu corpo ou mente. Sem a capacidade de processar a dor, você pode acabar com queimaduras de terceiro grau em vez de uma leve escoriação na pele.
Um dos maiores culpados da dor crônica é a inflamação - a vermelhidão e o inchaço que em pequenas doses ajudam o corpo a se curar. Dependendo do seu estilo de vida, incluindo a sua alimentação, você pode aumentar a sua tolerância à inflamação por causa de alimentos processados, grãos e açúcares refinados, bem como o exagero na ingestão de álcool. Opte por gorduras saudáveis, proteínas magras, e cereais integrais e coloridos para manter o seu nível de inflamação baixo. Clique aqui para saber quais são os 9 alimentos que ajudam a aliviar a dor de cabeça!